Ser e ser, essa é a questão, oque lhe faz ser forte não é somente os sortilégios que retém, a luxúria também requer inteligência e convicção. É ser independente e disposto a qualquer situação que lhe oferece, e no momento, estou sendo aquela que como todos, se encarrega por fazer o bem à uma vida inutilmente indefesa, ou simplesmente para ser mais do que éramos ontem, ser mais do que capazes, sermos coerentes e experientes.

Me coordenei perante as coordenadas que me era favorável, como o folheto entregue era somente único, eu estudaria o caminho para assim, partilhar da informação mais concreta e precisa do nosso destino. E ao meu lado, aquela garota real, segurando em minha saia, um pouco que atrás, demostrava recuo, medo, e temia do pior. Olhei para a mesma encarando-a enquanto da mesma dificultava a minha locomoção.

- Está tudo bem, dessa vez você pode estar em companhias mais competentes - Citei para a garota, me contornando para trás, fitando ver se todos nos acompanhavam, para não tão distantes, ficarmos um dos outros.

E ao redor? Era um campo inteiramente vasto de mais campos. A noite poderia aproximar-se a qualquer momento, e distante de qualquer rede de iluminação, estaríamos engolidos pelo o breu que nos devoraria ali mesmo. Deixando-nos em desvantagem diante da situação em que nos encontramos. Mas tinha planos em mãos e consciência, é sempre ser, formidável.

Meus olhos cobriam uma vasta distância, enxergariam qualquer tipo de ataque vindo de todos os lados e isso me fazia sempre utilizá-los em missão. Claro, não havia feito muitas desde que chegara naquela vila chuvosa, até então desconhecia até mesmo meu próprio passado, mas certamente aquela visão me mantivera vivo pelo que me parecia.

Com cautela mantive meus passos, atentando-me aos arredores enquanto minhas mãos se encontravam durante uma execução de selos, que me deixava mais protegido graças a um jutsu acadêmico. Apenas prosegui, avaliando a situação atual e mantendo minha atenção em todos os presentes naquela missão.

Adendos:

- Espere eu não vou faze- Antes que pudesse esclarecer o fato de ter entrado num lugar errôneo, estava entre meus dedos, uma missão um tanto quanto específica; achar uma princesa de um vilarejo vizinho e extremamente rico. O fato é que, não era meu melhor dia. Sentia que poderia desabar a qualquer momento e, além de sonolento, começara a sentir dores do lado esquerdo de sua cabeça, pendendo esta para o lado contrário - ato que, passava algum conforto momentâneo.

E, embora pudesse da fato, ignorar tudo e voltar a sua casa, decidira seguir o restante daquele pessoal que fora envolvido junto a ele. Afinal, o que de mal poderia ocorrer? Tudo, e já estou vendo que esse dia vai ser bem mais longo do que imaginei - Pensei, fazendo pela segunda vez uma careta, mas a passos lentos, acompanhando. Sinceramente, passaria qualquer iniciativa de conversa dada por qualquer um. Estava ali simplesmente para passear.

Minha tosse começaria e recomeçaria com o passar do tempo e, obviamente, como uma pessoa educada, taparia com o braço ou mão, sua boca. Um ponto importante seria a capacidade daquele vilarejo. Era rico o suficiente para contratar um grande número de shinobis simplesmente para arriscarem e, num pior caso, encontrarem uma menina morta.

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Os dedos delicados transpassavam entre os fios das madeixas segurando-nas pouco acima dos ombros, na intenção de mantê-las distante do gramado úmido e decadente que formava o solo do local. A feição era de extrema angústia, tanto pelo cansaço quanto pela decepção da confraternização anterior. Manteve-se calada, como forma de protesto, seguindo de perto a mais velha, que liderava o comboio.

Informações:

Espera, não é pra encontrar nada - Imaginei, ao perceber que, na verdade, alguns passos a frente, a tal princesa estava ao lado do grupo, cercada e protegida adequadamente. Então quer dizer que é só leva-la até la - Agora, mais contente com o fato de não ter que procurar nada, abrira um curto sorriso, levado logo em seguida por mais uma tosse longa. O fato é que, não sabia absolutamente nada sobre o restante de sua equipe e, certamente, não deixaria sua vida na mão de nenhum deles.

Não que fosse uma informação importante aquilo. Mas, manter-se na retaguarda, poderia retardar qualquer tipo de ataque, devido à algumas especificações das próprias habilidades que havia treinado durante anos, inclusive a própria maldita herança que carregava obrigatoriamente. Com o simples fechar e abrir os olhos, o dito ganhara uma cor rubra - tal qual meu cachecol - diferenciando-se de uma coloração normal apenas por três tomoes que surgiam. Depois de muito, havia conseguido aquele poder e, como tal, deveria usa-lo em prol de si.

Não sabia o quão o Sharingan poderia ajudar numa noite daquelas, mas poderia agradecer ao menos por poder defender-se adequadamente caso algum inimigo tentasse algo simplesmente por estar mais longe do restante do grupo. E, também, poderia agradecer por seu nariz ainda não começar a escorrer depois de tanto se expor aquela temperatura tão gélida e chuva interrupta. De verdade, eu só queria chegar em casa.

- Talvez em algumas horas possa tomar mais um destes - Sussurrei, levantando levemente a sacola que carregava na mão direita, contendo medicamentos simples daquela gripe irritante.

Spoiler:

Todos param por um momento, precisavam se organizar para assim continuar a missão. No entanto ninguém tomara a dianteira, como se não quisessem conversar entre si. Isso me deixou um pouco incomodado, pois em um serviço como esse a comunicação e um bom posicionamento poderia ser o diferencial. ”Sério isso?” Suspirei, percebendo que eu teria que tomar a dianteira e resolver esse pequeno problema, mesmo contra minha vontade.

Dei alguns passos mais à frente, voltando-me na direção de todos enquanto deixava algumas palavras escaparem. - Ok, já que ninguém se prontificou, aqui estou. Primeiramente me chamo Hyuuga Kira, como já sabem meus olhos são o Byakugan. - Dei uma leve pausa ao observar os outros dois usuários de doujutsus, sendo um deles uma garota do meu clã, a mesma que havia ignorado minha apresentação anteriormente.

Suspirei, retomando minhas palavras a fim de finalizar o pedido. - Enfim, eu não sei o poder de todos, e não temos tempo o bastante para isso, sendo assim eu vou me colocar na frente da escolta, meu byakugan vai me ajudar nisso e possuo uma técnica defensiva poderosa, então com isso não se preocupem. Menina Hyuuga, peço que fique ao lado da princesa, junto da jovem que já está perto dela, garotinha, você ainda não me falou o seu nome aliás, ande ao meu lado por favor. Enquanto a você meu jovem dos olhos vermelhos, fique na retaguarda por favor, você me aparenta ser forte. Agora, se pudermos ir. - Virei-me de costas para todos, executando alguns selos de mão já pré-ativando um jutsu simples porém útil defensivamente. Com isso tudo começava a caminhar, mantendo passos vagarosos e olhares atentos ao arredor.

Ordem, eu me coloquei a frente de todos primeiramente, depois pedi para Chie e Niva se manterem ao lado da princesa, ficando uma de cada lado dela, Tadashi eu pedi para ficar na retaguarda, enquanto Morgan eu pedi para andar ao meu lado na parte da frente do comboio. Como ninguém tomou a iniciativa, tomei a frente.

Adendos:

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Em uma missão de escolta era prudente manter seus olhos focados em seu objetivo, no que lhe era requisitado defender, mas Morgan contrariava tal ideia, pelo menos por ora. Seus olhos eram focados no chão, não só para inspecionar o caminhar de seus passos, mas também para esconder-se dos olhares alheios dos estranhos que lhe cercavam. Quando teve a oportunidade, redirecionou o foco de sua visão e observou cada um dos presentes com cautela, entendendo um pouco mais sobre suas técnicas e suas características físicas.

— Não me chama de garotinha. O meu nome é Morgan! — Respondeu, aproximando-se do homem que tentava coordenar a formação dos presentes, seguindo suas instruções e seus passos. Ao perceber que os demais presentes teriam tudo sob controle, tanto por suas super poderosas visões ou mesmo por suas técnicas de clonagem, Morgan se calou, e se deu o benefício de pensar em si mesma até alguma adversidade ser notificada.

Informações:

Um dos presentes decidira tomar posse da liderança e, de maneira quase que intuitiva, separar o restante do grupo de maneira o mais organizada possível. Era possível perceber que não era o mais estratégico, óbvio, mas esforçava-se e isto de longe parecia fazer a diferença. Seguiria-o, claro, devido ao fato de simplesmente não estar em forma ou em necessidade de questionar qualquer coisa. Ao menos sua tosse parava com o passar do tempo e de seus passos que agora pareciam mais longos. Decidira, mais cedo, deixar a sacola de lado e guardar parte dos medicamentos em seu coldre. Isto pouparia-me de carregar aquilo por uma longa distância, mas céus, aquele passeio estava demorando de mais.

E o pior. Algo que parecia intoxicar o ar. Aquele silêncio, desde que o nomeado líder se propôs a linha de frente, não que estivesse pleno para responder algum tipo de pergunta pessoal, mas, ouvir histórias ou algum tipo de bate-papo, poderia de fato, sacudir um pouco as coisas por ali. Levei os braços até os bolsos, mantendo ainda uma distância segura do restante do grupo, mas ainda, na retaguarda. Olhando ao seu redor de hora em hora. Deveria dizer, a muito havia perdido a necessidade de manter a guarda alta. Aquele lugar estava calmo.

Calmo de mais - Pensou, imaginando a falta de normalidade naquilo. Mas, de alguma forma, não deveria ser diferente. Estávamos a quanto tempo de casa? Alguns quilômetros, no máximo. O céu mantinha-se ainda em penumbra, talvez no ápice da madrugada, ou da noite. Não contava, não precisava daquilo. Só permaneceria por ali enquanto era obrigado. Estou com um pouco de fome - No fim, meus pensamentos acabavam por viajar, remetendo-me a comida. Havia passado algum tempo desde a minha última refeição e, não estar dormindo numa noite como aquela abria o apetite.

Quanto a pivô da missão? A filha da monarquia de Gorudo estava quieta, mantinha-se calada por parte do caminho, ao lado daqueles que a guardavam. Parecia entender a periculosidade da situação, da mesma forma que entendia que estava ao lado de ninjas e que a grande parte deles, importava-se apenas com o material que havia no vilarejo de sua origem, Ouro. De toda forma, deveria se manter atento a até mesmo aliados. Não confiava em nenhum e, se pudesse dizer, eram ali, os mais perigosos. Bandidos, por si só, se anunciavam. Pseudo-Aliados, em uma incontável quantidade de histórias, eram conhecidos por golpear o próprio grupo pelas costas.

Ao menos nisto, alguma vantagem da retaguarda - Sorri, tentando levar tudo aquilo ao máximo em algum tipo de esportiva.

Spoiler:

A garota que aparentava ser mais velha do que os demais, menos do que a mim mesmo, despejou algumas palavras um tanto desconfortantes. Chato, era o que ela me chamava, me incomodando um pouco com aquilo. Não a conhecia, e nem mesmo sabia o que a levara falar aquilo, mas limitei-me apenas a negativar com a cabeça enquanto suspirava, deixando-a terminar o que tinha que falar. ”Pelo visto não vou me dar muito bem com esta.” Era meio nítido que não teríamos uma boa relação, mas faria de tudo para evitar algum tipo de desentendimento, pelo menos até o final daquela missão.

A menina que escolhia para ir ao meu lado logo se mostrava um pouco aborrecida pelo fato de não chamá-la pelo nome, o que a fez se apresentar mesmo que de uma forma um tanto hostil. Claro, não achava mal, era direito dela agir daquela forma, e por isso apenas me desculpei, mostrando tranquilidade em minha voz. - Perdão senhorita, venha comigo Morgan. - Com um olhar sereno observei clones serem formados pela irritada de antes, achando uma estratégia até que boa.

Virei-me em direção a estrada, começando a caminhar calmamente enquanto os demais faziam o mesmo. Mantive-me em silêncio, não gostava de ficar falando sem necessidade, e no momento anterior já tinha dito tudo o que eu queria. Com isso atentei-me aos arredores da localidade, procurando por algo fora do normal, mesmo estando em meio a tanta calmaria.

Adendos:

Tudo aparentava não espairecer, os meus calçados altos mesmo que percorrido uma curta distância, estavam matando os meus pés. Resmungara tragando um ar intensivo que oxidava a minha preocupação - Hm.. - suspirando e inspirando.. Não se tinha oque, esperar de minha atitude no entanto, quanto ao diálogo entre todos era bem escasso. Em meu arquétipo permaneci, ante o dia que não tão tarde estaria alvoroçado à penumbra do seu pôr. E tudo oque eu poderia sentir no momento, seria uma pequena ansiedade. Que me deixara inquieta e preocupada situando todos à dentro do desconhecido, perante um caminho que na espreita, nos aguardam.

Como um todo, estavam cientes de que um conflito breve, travaria um confronto, alguns poderiam lidar e encarar isso com exaltação e alegria, já outros, incluindo a Chie e eu, nos encontramos com uma certa aflição. Oque era estampado, minha ação inusitada na qual gerei um número alto de clonagens intercaladas, era deveras compostas por sentimentos de precaução como também, inteligência, reforçando-nos contra os alvos surpresas. Uma barreira, um escudo, voltado da carroça e da Princesa, tudo isso poderia deixar-la um pouco mais calma, um conforto de segurança, tudo oque eu esperava.

E a Chie, que estaria bem mais próxima do que antes, ao meu lado, não medi nenhuma palavra, somente, prossegui acompanhadas dos mesmos passos. Consentindo a presença, focada no objetivo.

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O tempo que se passou desde que se reuniram era o suficiente para que Morgan sentisse-se mais à vontade com aqueles companheiros, exalando despreocupação com um sorriso energético e simpático. Os longos cabelos cor-de-rosa que anteriormente eram erguidos pouco acima de seus ombros agora eram presos de forma que não precisasse mais se preocupar com o gramado úmido, podendo agora ter suas mãos livres. Cansada de caminhar, seus passos se tornavam cada vez mais lentos, mesmo que pouco tempo havia se passado desde o inicio da jornada.

— Agora que a gente se conhece você pode me carregar, onii-chan? — Demandou, interrompendo o silêncio absoluto dentre os presentes, com sua voz meiga ecoando pelo ambiente. Encarou o homem ao seu lado, Hyūga Kira, esforçando-se para parecer o mais cansada possível, tentando manipulá-lo com um sorriso desgastado, olhos semi-abertos e ombros relaxados.

— Não sei se vou conseguir continuar andando tanto assim! — Anunciou seu desgaste, talvez não estivesse pronta para a vida de uma Kunoichi, afinal. Não possuía a rigidez de sua irmã mais velha, e nem mesmo a determinação de sua irmã do meio, seus atributos não eram os ideais para uma ninja, talvez para uma comerciante ou anfitriã, como sua mãe, mas não para uma ninja. De qualquer forma, continuou, sendo ou não carregada, mas ainda se perguntando se não seria abusar muito pedir para sentar-se na carruagem, junto ao ouro. Talvez tentasse solicitar depois.

Informações:

O silêncio se prolongou por cerca de alguns minutos, mantendo-se inabalável a medida que caminhávamos. No entanto ele era quebrado, pela voz da doce garota que se encontrava ao meu lado. Mais uma vez sua tentativa de ser levada no colo era feita, procurando fazer de mim seu transporte. - Olha, eu até te levaria, mas como o caminho é longo demais não vou conseguir ir muito longe. Sendo assim, farei outra coisa. - Um sorriso se abriu no canto dos meus lábios, seguido de um tom sereno em minha voz enquanto me aproximava da menina, recusando seu pedido delicadamente.

Segurei-a no colo, a erguendo do chão molhado enquanto meus olhos continuavam observando a localidade a volta. - Vou te deixar aqui, acho que será bem melhor para você, e caso eu precise lutar não vou me atrapalhar contigo em presa a mim. - Aproximei-me da carroça que levava o outro, colocando a menina sentada sobre a mesma de forma confortável, ajudando-a com seu incômodo. Retirei minha capa avermelhada, colocando-a sobre a cabeça da garota no intuito de impedir que a chuva continuasse molhando-a.

Com um sorriso no rosto, retornei ao meu posicionamento, vendo o silêncio voltar a imperar entre nós. Os minutos se seguiam e pouco a pouco a noite caía, dificultando a visão da maioria ali presente. A voz da princesa mostrava seu desconforto em continuar andando, me obrigando a tomar uma nova atitude.

Virei-me na direção da garota, pegando-a no colo após seguir em sua direção e a levando até a carroça. A deixava ao lado de Morgan, para que fizessem companhia uma para outra. - Pronto senhorita, não precisa mais andar. - Sorrindo voltei a ficar diante de todos, percebendo que estava na hora de pararmos. - Está de noite, precisamos parar um pouco para descansar. Ficarei de vigia, podem dormir um pouco. - Com isso me coloquei próximo a todos, mantendo meus olhos analíticos focados em tudo, enquanto os demais adormeciam por ora.

Ficarei de vigia enquanto vocês dormem.

Adendos:

Tendo passado mais algum tempo de silêncio, aparentemente, uma pausa havia sido necessária em prol da princesa, mimada, talvez. Mas aquilo havia sido muito útil. Andar por tanto tempo, ainda mais naquele breu, era tão perigoso quanto ao meio de assaltantes. Ao menos, algum descanso - Respirei fundo, pensando. Estava fora de forma. Talvez por conta do que sentia, mas de toda qualquer jeito, fora de forma. Aproximei-me vagarosamente da carroça, sentando-me quase jogado, visando apoiar-me em algum ponto específico.

Sem mais delongas, tentaria descansar. Mesmo que não dormisse, ficar quieto seria o suficiente.

Spoiler:

Como todos solicitaram, uma pausa. Demostrariam uma certa fadiga ao caminhar tanto à vasta estrada esverdeada. Não pude negar, eu queria o mesmo, tirar aqueles saltos que estavam me matando, para sentir o alívio em meus pés, em meus dedos. O anoitecer se aproximou e nos devorou, a única coisa clara e nítida que poderíamos ver, era a constelação ao luar, enfestado de pontos reluzentes.

Sentei-me mesma sobre o chão, por outra vez, retirei um salto de cada. Aquela sensação aliviante subiu.. Dos meus pés à minha macia perna e coxa. Algumas de minhas réplicas somente, sentou-se comigo, já outras permaneciam de pé, determinadas pela responsabilidade que as concebi.

- Creio que ainda precisamos continuar alertas, dormir pode ser a nossa ruína - Disse, perante o cantarolar das cordas vocais dos grilos. Oque como ademais, estaria esfriando, as proximidades da floresta? É sempre mais fria.

Não demorou tanto, após abrandar-me em meu descanso. Minha réplica me encarou, e somente dei o sinal com o meu sorriso. A mesma utilizando de seu chakra, composta da matéria que também fora feita, gerou esferas de calor. Em três quantidades, rotacionavam em torno de seu eixo, e logo, as coordenou, enviando-nas com o seu controle, separadamente e simultaneamente. Tendendo a iluminar o breu, como lanternas, passando sobre o nosso esquadrão com performance, possibilitando aqueles que como a mim, não conseguia enxergar tanto.

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O vivaz brilho das estrelas era a única iluminação que poderiam utilizar para guiar o seu caminho perante a penumbra. Morgan estava contente, aconchegando-se em meio ao tecido que lhe foi entregue, utilizando-o como um cobertor enquanto sentada na carroça juntamente à princesa, em meio ao cobiçado ouro. Ainda se perguntava se o peso das duas não estava desgastando demais o clone que carregava o veículo, mas como nenhuma reclamação fora proferida, acreditou que não incomodava.

— Eu também sou rica, então eu entendo a sua luta. Nós temos muitas dificuldades por sermos sensíveis, não é? — Voltou a falar, quebrando novamente o silêncio imposto pelos demais. Encarou a princesa com simpatia, levando sua destra até uma de suas mãos, tentando confortá-la. — Não precisa se preocupar, meus pais jamais me deixariam vir para cá se fosse perigoso. Vai dar tudo certo! É só um passeio! — Continuou sua tentativa de acalmar e confortar a garota, proferindo palavras que gostaria de ouvir se estivesse no lugar da desconhecida.

Kira anunciou a parada de nossa movimentação, com o argumento de que precisávamos descansar antes de continuar o trajeto. Morgan discordava, não estava nada cansada e para ela poderiam continuar o mais rápido possível, mas antes que pudesse se pronunciar todos os presentes assumiam suas posições de descanso. Suspirou e deitou-se na carroça, em meio ao ouro e sua companhia, tentando descobrir uma posição que lhe trouxesse conforto para dormir. A qualidade era longe de ser ideal para sua pele, mas era muito melhor do que deitar no gramado úmido.

— Se você ver alguma coisa estranha é só gritar, tá bom, onii-chan? — Terminou, selando suas pupilas e encontrando seu lugar entre os sonhos e pesadelos que perambulam a mente de uma criança mimada.

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