A lâmina de minha espada cortou o ar e consequentemente a metade dos três corpos inimigos a minha frente após meu salto. Minha ação foi efetiva e isso permitiu que menos criaturas viessem a nos atacar. No entanto, as outras que haviam sido deixadas a encargo de Kronos também pereceram. Suspirei ao pousar no chão, me voltando na direção de Cartes o vendo se livrar da cera que o prendia. —‌ Deu tudo certo, vamos lá então. ‌—‌ ‌Balancei a cabeça positivamente, voltando a caminhar na direção da nave.

Não demoramos para adentrar no transporte. As portas se fecharam e um brilho começou a tomar conta do ambiente, dando forma a um holograma. Senti um alívio ao ver que o robô que havíamos encontrado ainda estava vivo. —‌ Fico feliz que esteja bem, poderia ter dito que viria conosco. Fiquei preocupado, e pensando em uma forma de voltar para lhe ajudar. ‌—‌ Bem, não havia mais tal necessidade.

Meus olhos vislumbraram toda a tecnologia que aquela nave tinha, desde componentes físicos até seu sistema avançado, algo similar ao que possuíamos com os megazords. —‌ Essa nave é incrível. ‌—‌ Perguntava-me se conseguiria pilotá-la, mas então Alpha voltou a falar. —‌ Espera, esta era a nave da sua equipe? ‌—‌ Aquilo me deu um frio na espinha e uma sensação um tanto melancólica. —‌ Meus sentimentos por isso. ‌—‌ Sim, devia ser difícil para ele.

No entanto, havia muito mais o que saber. —‌ Bem, você já nos disse o motivo de estarmos aqui, derrotar o tal Lorde Drakkon, mas o que eu quero saber é, porque nós? Os integrantes de nossas equipes também foram convocados? E porque do nada viemos parar no meio do deserto, não tinha outro lugar para nos convocar? ‌—‌ Eram muitas perguntas, e aquelas eram apenas as de minha parte. Aquela altura o traje já não cobria mais meu corpo suado.

Adendos:

As respostas para minhas perguntas eram dadas, e um frio na espinha me tomara ao ouvi-las. Havia um ser capaz de eliminar uma equipe inteira de Power Ranger e obrigar a rede de morfagem a convocar outros para ocupar seus lugares. Sim, era isso o que éramos, a esperança de um universo perdido. Suspirei, levando a destra até a face procurando me acalmar após ouvir aquelas palavras. A própria rede havia aberto aquelas fendas e nos trazido até ali. —‌ Isso não é nada bom, mas eu entendi bem. Aliás, só há nós três neste universo? ‌—‌ Fiz uma última pergunta, pois já não tinha mais o que questionar.

Meu corpo se encostou em uma das paredes daquele local, e naquele momento um barulho vindo do morfador chamou-me a atenção. Não era o único a receber um sinal, sinal este que era lançado ao painel de controle por Alpha. Aproximei-me, saindo de perto da parede atentando-me ao vídeo que aparecia ali. —‌ Mas que droga é essa? ‌—‌ Naves enormes, soldados espalhados por todos os lados, caos e matança.

Era um completo caos aquele lugar, e pelo que se passava aqueles eram inimigos do tal lord. Fechei os punhos com força sentindo uma enorme vontade de acabar com aquilo, sendo tomado pela raiva de ver pessoas inocentes sendo mortas. Aquele era um pedido de socorro, um socorro que apenas nós poderíamos dar. —‌ Merda!—‌ O vídeo terminou da pior forma, com a pessoa que pedia ajuda tendo sua cabeça feita em mil pedaços.

Alpha puxou a localização do planeta e então nos explicou sobre ele. —‌ Então nos leve até lá, Alpha. Precisamos ajudar essas pessoas, de qualquer forma. ‌—‌ Minhas mãos pousavam sobre a beira do painel, sem tocar em nenhum botão, apenas me apoiar enquanto me sentia mal por ter visto aquilo.

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